Nessa página você vai encontrar um guia completo com todas as informações necessárias que você precisará para iniciar sua prática de kitesurf. Você pode encontrar abaixo explicações úteis sobre o conceito de kitesurf, a origem, os equipamentos principais, como iniciar, além de alguns termos básicos e lugares interessantes no Brasil que estão esperando por você que quer aprender mais sobre o kitesurf.
O kitesurf nada mais é que um esporte aquático de aventura que utiliza uma pipa (em algumas regiões conhecida como “papagaio”, mas chamada comumente pelos praticantes de “kite”) e uma prancha com ou sem alças.
A pipa fica presa a cintura do kitesurfista através de um dispositivo chamado cinto ou trapézio e o kite é comandado através de uma barra conectada a ele por linhas (4 ou 5, a depender do modelo da pipa) – é através da barra que se exerce o controle e o trajeto que se deseja.
Mistura de windsurf, surf e wakeboard : esse é o kitesurf. No âmbito profissional é um esporte relativamente novo, mas o kitesurf existe como atividade recreativa em 1985, quando se deu sua criação pelos irmãos franceses Bruno e Dominique Legaignou, e desde a década de 1990 vem ganhando popularidade pelo Brasil e pelo mundo.
O nome “kitesurf” tem origem da junção de duas palavras em inglês:
Na prática do kitesurf, como um veleiro, você pode ir em qualquer direção, exceto diretamente contra o vento. Se você quiser ir contra o vento, pode virar para frente e para trás em um ângulo de cerca de 45 graus em relação ao vento.
A pipa pode voar em padrões específicos somente para deslizamento/flutuação na água (o que lembra de alguma forma o surf tradicional) ou pode até ser usada para saltar alto no ar – e quando dizemos saltar, realmente queremos dizer isso.
Os profissionais do kitesurf podem saltar de 10 até 18 metros de altura e podem flutuar facilmente por centenas de metros quando as condições são adequadas. Isso é quase 10 segundos de tempo no ar!
Apesar de ter “surf” no nome, as ondas são dispensáveis. O esporte pode ser praticado em lagos, rios, no mar com pouca ondulação e até em condições extremas de ondas grandes (para os mais experientes, é claro!). Ou seja, independente de água salgada ou doce, para praticar o kitesurf procure sempre por VENTO .
E sim – aos amantes de esportes e viagens – existem diversas trips que envolvem velejo de kitesurf por algumas horas e com alguns aparatos de acompanhamento de um staff em terra (carros) ou na água (barcos ou lanchas).
Dominando o básico, você partirá para novos desafios do kitesurf, andando mais rápido e até mesmo aprendendo a saltar, fazer manobras, surfar ondas e partir em longas jornadas pela costa (o famoso “downwind”).
Aqui vai uma curiosidade: em julho de 2015 o português Francisco Lufinha bateu o recorde mundial de maior viagem de kitesurf sem paradas, navegando 874 quilómetros em 47h37min.
É a pipa (ou papagaio em algumas regiões) o equipamento principal que dá o nome ao esporte – kitesurf. O kite tem formato de uma asa em arco e é feito com o mesmo material de um paraquedas – nylon, um tipo de tecido considerado muito forte e leve. Se você estiver curioso, detalhamos tudo em um post só sobre os diferentes modelos e tamanhos de pipa de kitesurf.
Pode variar entre :
O que conta para a decisão de qual prancha usar é o estilo do praticante de kitesurf. Todas elas têm suas vantagens e desvantagens, mas as pranchas de kitesurf de ponta dupla (bidirecionais) são as mais comuns e podem ser usadas em quase todas as modalidades do esporte.
Você pode estar se perguntando: “Então para praticar o kitesurf eu preciso ser muito forte e ter braços e pernas bem trabalhados para isso!” Felizmente, esse é um equívoco comum por conta da existência do cinto.
O trapézio é o que conecta o esportista e a pipa durante a prática do kitesurf. Durante o velejo é ele quem suporta a maior parte do peso da força, enquanto seus braços estão livres para guiar a pipa.
A força do kite é direcionada para o gancho (chicken loop) preso ao seu trapézio, que está próximo ao seu centro de gravidade e permite que você use seu corpo como alavanca contra a pipa. Isso tira a carga de seus braços, que são usados para direcionar, dar o “start” ou baixar a pipa durante a prática do kitesurf.
É com a barra de controle que o atleta controla a direção e a velocidade da pipa. Seu comprimento pode variar de 45cm a 55cm (depende do fabricante) e conta com um sistema de “freios” para parar o kite em caso de emergência.
Saiba mais sobre os tipos de barras de kitesurf.
Quando você puxa a barra em sua direção, aumenta a potência, quando você empurra a barra, diminui a potência.
As linhas ligam a pipa a barra, que se liga ao trapézio. Essa é a sequência. Elas tem como função principal controlar o kite, como freio, acelerador e também direcionando.
Além disso, é importante dizer que o equipamento de kitesurf também oferece diversos desbloqueios de segurança, que podem ser usados para desligar o kite do praticante em caso de emergências.
Se quiser mais informações sobre esses e outros equipamentos do kitesurf- pipa, prancha, trapézio, barra (e linhas).
A primeira pergunta depois das informações básicas acima geralmente é:
Não. Felizmente, você pode encontrar bons centros de kitesurf e instrutores habilitados que tem um equipamento ideal para que você inicie a prática, afinal, não faz sentido você adquirir um equipamento (que não é para todos os bolsos) sem saber se vai se adaptar ao esporte.
Em regra, as escolas de kitesurf têm diferentes opções de equipamento que cobrem as necessidades básicas dos alunos para diferentes condições de vento.
E sim, Para iniciantes, é importante ter aulas para aprender o básico. Esse é um ponto fundamental para que se aprenda o passo a passo do esporte – fique sempre atento pois o kitesurf é um esporte de aventura que envolve a natureza: vento e água! Sem o conhecimento inicial você pode se colocar em risco, assim como arriscar a vida de quem estiver nas redondezas.
Depois de completar o básico, você só precisa continuar praticando os movimentos fundamentais. Em geral as escolas de kitesurf propõem cursos de 10 a 12 horas de aula para iniciantes, com preços fixos, que incluem todos os equipamentos.
A carga horária pode ser dividida em horas diárias ou até mesmo em dois ou três dias. Tudo vai depender da desenvoltura que você tiver para aprender o básico do kitesurf e já sair velejando com segurança.
E você deve estar se perguntando ainda sobre o kitesurf:
Não se preocupe! As boas escolas de kitesurf também oferecem aulas extras com instrutor ou até mesmo uma supervisão (alguém monta todo o seu equipamento e te observa velejar para ver quais ajustes você precisa durante a prática de kitesurf para que você possa se aprimorar com mais confiança).
Leia também as melhores dicas para você começar a praticar kitesurf.
No Brasil os picos para a prática de kitesurf estão pelo litoral do Nordeste :
Pelo litoral Sudeste e Sul temos:
Falamos mais sobre trips de kitesurf pelo Brasil e pelo mundo aqui. Nesse link você vai descobrir mais sobre as temporadas de vento, as paisagens e o estilo de cada lugar para que você possa aproveitar ao máximo o seu aprendizado e escolher uma região de acordo com o que você busca.
Último lembrete e não menos importante: lembre-se que o kitesurf é praticado sob o sol. Assim sendo, não esqueça de muita proteção solar: filtros solares de alto fator, uma boa lycra com proteção UV (atenção especial aos ombros e braços) e um chapéu (busque algum que fique preso ao seu pescoço para evitar perdê-lo durante a prática). E se possível: óculos de sol polarizados (principalmente para quem tem muita sensibilidade a luz solar).
Se jogue (sempre com segurança, proteção solar e aulas iniciais) e boa sorte!
4 Comments
Amei! Obrigada pelo conteúdo precioso, fluido e didático! Ajuda demais quem tem interesse em mergulhar nessep universo do kite!
Oba! Obrigada 🙂 Seguimos por aqui nesse objetivo!
Maravilhoso artigo! Sou uma contempladora dessa prática sempre que vou curtir minha prainha preferida (Jaguaribe) aqui na minha terra, 🎶 Salvador meu amor, Bahia 🎶 ou tão só quando levo o filho pra surfar. Não entendo nada, mas além de ler esse texto super esclarecedor e encorajador, costumo fazer minhas analogias com a vida e o kite me lembra um recorte de uma citação de Jung que diz que “a vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade.” As quedas e os machucados fazem parte do esporte, mas vejo que não suplantam a liberdade e leveza que os praticantes parecem experimentar. Eles literalmente ousam voar e se entregar ao vento. Lindo de se ver! Quem sabe um dia me arriscarei.
Ahhh, que comentário maravilhoso! Obrigadaaaa! Lembre que o kite é para todos e todas, ein? Se jogue 😘